A forma do livro foi a primeira coisa que me chamou a atenção.
A forma, depois a expressão e por fim o conteúdo.
E essa foi a primeira "viagem" proporcionada pelo
livro "Amor à moda antiga". Os três atributos de uma obra de arte. Voltei
30 anos ao tempo em que pesquisava e escrevia em jornais sobre artes plásticas.
E Carpinejar abusou da sua opção de forma e de expressão. O
livro é lindo e tem uma proposta criativa.
A segunda viagem, também ligada à atividade jornalística, se
deu ao saber que o autor buscou em uma velha máquina de datilografia inspiração
para sua mais recente obra. Que jornalista que atuou nos anos de 1980 que não
se emociona diante de uma simples menção a uma Olivetti Lettera verdinha ?!?! E
lá estava ele presenteado com uma Olivetti e com a feliz ideia de explorar o
instrumento para expor suas emoções. Sim, a Olivetti não é uma ferramenta como
se usa dizer em relação aos recursos do mundo digital. A Olivetti é um
instrumento de trabalho.
Terceira viagem: me lembrei do espanto de minha filha mais
nova, geração touch screen, diante de
uma Olivetti - sem Del, sem ctrl-z, sem mudança de linha automática.
Viagem final: os versos de amor. Oh que lindo!
Viagem final: os versos de amor. Oh que lindo!