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10 julho 2013

Descolado

Arrancou o adesivo que estava colado na sua pele. Jogou o mais longe que pode desejando criar uma barreira entre ele e o grupo que o cercava. Como num passe de mágica, um círculo de fogo surgiu. E ele no meio. Cavaleiro isolado dos inimigos por outro inimigo. Ficou ali pensando em um modo de escapar...

Ou:
Arrancou o adesivo que estava colado no seu braço e gritou "ai". Estava bem colado aquele adesivo e o sangue ainda saía um pouco pelo buraquinho feito pela agulha que lhe tirou sangue. Era bonitinho o adesivo. Um band-aid do tipo infantil ilustrado com cores e com um personagem de contos de fada. Resolveu então colar no seu caderno de adesivos. Seria o primeiro da coleção que conteria seu próprio sangue. Macabra esta história.

Ou:
Arrancou o adesivo que há dias estava no seu braço, com as bordas sujas e já descolando. Disse um "ai" fraco, só pra não perde o hábito, e foi brincar. Largou aquele resto de curativo no chão do quarto e ninguém recolheu aquele lixo durante todo o dia. À tardinha, depois de voltar das brincadeiras, achou que podia usar de novo em novo machucado. Só desistiu porque não colava mais. E largou de novo no chão. Nem o cachorro quis pegar. 

Ou:
Apenas arrancou o adesivo que estava colado nas suas ideias.

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