Ando por aquelas ruas procurando lembranças
pedras, poeira, os mesmos muros e musgos nas reentrâncias
Quem levou minhas lembranças?
Quem podou minhas árvores e espantou minhas galinhas?
Ninguém mora ao lado, aos lados, na frente;
só os desconhecidos passantes
- não mais revolucionários, mas traficantes -
Sós, os passantes de uma fronteira sem dono;
Sós, os transeuntes, filhos dos filhos já mortos;
Sós, os visitantes, procurando lembranças;
Sós, todos atravessamos o dia tropeçando nas mesmas pedras.
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